FELIZ 2014 A TODOS.......

Quero agradecer às muitas mensagens de carinho e ânimo que estamos recebendo nos emails, nos tópicos dos sites e nesse nosso cantinho, vocês não imaginam quanto nos ajudam com suas palavras. Devagarzinho vamos nos fortificando e buscando forças para prosseguir. Obrigado de verdade.
 Desejo a todas e a todos um 2014 de maravilhas e sonhos realizados, e tenho fé de que esse ano será o ano que cumprirá a promessa em nossas vidas, se Deus quiser.

QUARTA FIV......12/13

    Após a consulta, saímos da clinica muito empolgados quanto a estrutura, capacidade e resultados da mesma , porém os custos estavam acima do que podíamos. Mas mais uma vez Deus atendeu as nossas orações, colocou paz nos nossos corações e veio ao nosso encontro. Nossos pais nos ajudaram e decidimos que faríamos em Ribeirão.

    Nos pediram vários exames (ficamos pelo menos 3 meses por conta de realizar exames), para que pudessem encontrar uma causa para o aborto e também uma causa para não implantação nas fertilizações, mas Graças a Deus nada foi encontrado. Apenas a endometriose, que infelizmente já faz parte de nossas vidas.

PS: Aproveito para demonstrar minha indignação ao acaso e total esquecimento dos governos com os milhões de mulheres e famílias que sofrem com essa doença e que se vêem obrigadas a gastarem fortunas (as que tem condições, claro) em tratamentos, visando algo simples e que é do direito de todos: A FAMÍLIA. Todos sabemos que a vida fértil da mulher é curta e quem luta contra o tempo não pode perdê-lo em uma fila de 4 anos.

     Começamos o tratamento e tivemos que alugar um Flat em Ribeirão (Flat Bassano Vaccarini, recomendamos) porque seria uns 10 dias e um flat sairia mais em conta que um hotel, com a opção de cozinhar, o que economizaria ainda mais. Chegamos em Ribeirão no dia 01/12/13 e fomos direto para a clinica fazer o primeira ultrassom na qual constataram  apenas 7 óvulos, ficamos um pouco preocupados pois nas outras tentativas sempre começávamos com  11 a 14 óvulos e sobrava ao fim apenas 2 ou 3 de boa qualidade para transferir, mas ficamos em paz.

     Foi marcada a punção para 3 dias depois, e no dia 04/12 conseguiram retirar 5 óvulos bons, que logo se tornariam em 03 fecundados. Felizes por termos 03 embriões, sendo um Gold como o médico mesmo o nomeou, poderíamos transferir apenas 02 por conta da idade de Jenny (03 apenas acima de 36 anos), e o outro iriam esperar até o 5º dia, se resistisse seria congelado, o que não ocorreu.

    Transferimos os 02 embriões no dia 06/12/13, o endométrio estava muito bom e a transferência foi um sucesso, de acordo com a equipe médica. Ficamos na clinica por mais uma hora e fomos liberados para voltarmos ao Flat. Foram dois dias de total repouso, ela levantava apenas para ir ao banho e comer, retornamos a  Uberlândia no dia 08/12, o beta foi marcado para dia 20/12, por coincidência a mesma data em que transferimos os embriões que "engravidamos" no ano passado.

     Jenny não teve nenhum sintoma ou qualquer tipo de reação na primeira semana, só  muitos gases como sempre por conta da progesterona. Porém no décimo dia após transferência começaram umas cólicas, em algumas horas um pouco mais forte, tivemos medo, mas como a esperança é a última que morre  queríamos acreditar que poderia ser uma nidação hiper-super-mega tardia. rssssss

    Não acostumamos a fazer isso, mas não aguentamos e  fizemos o beta dois dias antes da data marcada, e para nossa tristeza pela 5ª vez víamos nossos planos e sonhos irem por morro abaixo. Vendo a pessoa que amo inconsolável e em total desespero, a única reação que tive foi ajoelhar e implorar a Deus que, já que mais uma vez ainda não havia chegado nossa hora, desse forças, sabedoria, entendimento e paciência para Jenny, que Ele estivesse conosco e não nos desamparasse nesse momento tão doloroso. Tenho que confessar que foi uma noite muuuuito difícil, conversamos e choramos até altas horas e acho que acabamos dormindo de cansados que estávamos.

    Hoje fazem dois dias do negativo e ainda tivemos que refazer outro beta com data de hoje para passar para a clinica. Liguei para informar do envio do resultado e como sempre fomos muito bem atendidos pela enfermeira Andreia (que por sinal tem endometriose e conseguiu engravidar de gêmeos lá na clinica na 2ª tentativa), que sempre nos atendeu muito bem. Na verdade só temos que agradecer a equipe médica e de enfermagem do CRH Prof. Franco Junior, assim como a todos da Clinica Fecunda, pessoas que apesar de estarem tão acostumadas a negativos não deixaram endurecer seus corações. Somos totalmente cientes de que fizeram o que estavam ao vosso alcance para conseguirmos o nosso sonho, sabemos que oraram e torceram conosco e também se decepcionaram a cada negativo.

Obrigado por tudo.

TERCEIRA FIV......05/2013

    Difícil superar esse trauma para poder prosseguir, depois de descobrir uma dor maior ainda do que a do temido NEGATIVO. Mas nos agarramos na mão do Senhor e recuperamos as forças uma vez mais para continuar, porém já sem recursos financeiros tivemos que vender o carro para custear a 4ª tentativa em maio/2013, com a certeza e a prova concreta de que nosso sonho era possível de ser alcançado, pois havíamos conseguido uma vez.
    Transferimos os únicos dois embriões que ficaram. Dessa vez saímos um pouco mais tranquilos da clinica, creio que estávamos já nos acostumando com tudo isso, o que é de uma certa forma triste.
     12 dias de espera mais e infelizmente outro negativo, pelo que decidimos que não desistiríamos mas precisávamos de outros ares, necessitávamos mudança para prosseguir. Estávamos buscando uma outra clinica para começar novamente, quando em uma sessão de depilação, a depiladora comentou com a Jenny de que tinha uma prima que trabalhava em uma clinica muito conceituada na cidade de Ribeirão Preto, a Clinica de Reprodução Humana Prof. Franco Junior, e após pesquisar sobre a clinica (que descobrimos ser referência e uma das mais conceituadas do Brasil), enxergar que poderia ser um caminho de Deus e por ser apenas 280 Km da nossa cidade, decidimos marcar uma consulta e fazer uma visita.

DO SONHO AO PESADELO.......02/13

     Estávamos vivendo realmente um sonho, os dias mais felizes de nossas vidas. Uma pena que logo viria sem sombras de dúvida, o dia mais triste e desesperante de todos, o dia 23/02/13, quando ao fazer um ultrassom com 10 semanas o médico não ouviu o coração e percebeu que o feto estava imóvel no fundo do saco gestacional. Nosso sonho acabava de tornar-se um pesadelo, literalmente. Conhecemos a dor do Aborto.
     É impossível expressar tamanha dor, pela grande perda e por ver a mulher que amo em total e absoluto desespero e tristeza, nunca pensei que um dia passaríamos por isso. De verdade tive medo, pela primeira vez tive medo de que Jenny não conseguiria suportar. Passamos 4 dias com o feto sem vida em seu corpo, sem a certeza se sairia ou se necessitaria curetagem, mas contrariando todas as minhas expectativas ela se mostrou mais forte até mesmo do que eu, a ponto de não ser preciso nem curetagem, aguentando uma dor quase insuportável no corpo e imensurável no coração, conseguiu por método normal, o que viria a ser descrito depois pelo médico como próximo a dor do parto. Uma guerreira, minha guerreira.
     Não entendiamos o que havia acontecido, por que havia acontecido, estava decepcionado, chateado, triste e tenho que assumir, com a fé bastante abalada. Então fiz uma oração, peguei a Bíblia e abri, e pra meu espanto abri justamente em I SAMUEL, CAP.1(quem quiser ler para ver o teor), e na hora senti que era Deus falando comigo e me consolando, o que funcionou. Imediatamente ajoelhei e agradeci a Deus pelas oportunidades que Ele nos concedeu de fazer os tratamentos, e pelo prazer que tivemos de viver, mesmo q por apenas 53 dias, a emoção e a maior felicidade de nossas vidas. Nosso anjinho enquanto aqui estava teve a certeza de que era um ser muito amado, sempre me pegava fazendo carinho na barriga de minha esposa e conversando com ele/a. Que saudades.

SEGUNDA FIV 12/12

     Prontos para a 3ª tentativa em dezembro/12. Dessa vez tivemos apenas 3 embriões e decidimos transferir todos. A transferência foi feita no dia 20/12/12, não sobrou nenhum para congelar, mas tínhamos a promessa de Deus, não queríamos e não precisávamos de nada mais. O Beta estava marcado justamente para o dia 01/01/13, ou seja, seria o melhor ou o pior começo de ano das nossas vidas.
      Resolvemos passar  o ano apenas nós dois, para uma família dissemos que íamos passar com a outra e vice-versa e compramos um exame de gravidez desses de farmácia para fazer justo na virada. Não consigo descrever em palavras a emoção quando vimos a segunda listra rosa claro. Sempre fomos visto como um exemplo de casal feliz e unido, mas nunca nos sentimos tão felizes em toda a vida, não parávamos de nos abraçar, de gritar, pular, sorrir e de agradecer a Deus um só instante. Foi mágico e inesquecível ver os olhos da pessoa que amo brilharem perguntando se era mesmo verdade, se estava acontecendo e eu poder dizer com todo orgulho do mundo: "Sim, é verdade neném, graças a Deus conseguimos".
     Após uma noite mal dormida por conta de uma mistura de felicidade com ansiedade, levantamos irradiantes e fomos fazer o Beta, e pra aumentar ainda mais essa felicidade ganhamos o tão sonhado POSITIVO (que palavra linda). Beta valor 216,00. Automaticamente começamos a fazer planos, com a ajuda de Deus havíamos superado tudo e conseguido a vitória. Nossa vida mudou da noite para o dia e tudo que fazíamos ou pensávamos era relacionado a gravidez. Nossas famílias (aproveito para agradecer a minha mãe e aos meus sogros, que sempre estiveram ao nosso lado), e amigos mais próximos(agradeço também ao meu amigo/irmão Luiz, que sempre esteve disposto a me ouvir as raras vezes que quis conversar, e a nossa amiga e dentista Eliane, que sempre foi tão carinhosa e contribuia para revigorar nossa fé.) ficaram maravilhados, e realmente esbanjávamos felicidade. Um dos dias mais emocionantes da minha vida foi o dia que escutei o coraçãozinho do nosso bebê no segundo ultrassom. Me lembro como se fosse hoje, 188 Batimentos por minuto.

PRIMEIRA TEC... 09/12

   Buscamos forças em Deus, levantamos a cabeça e esperamos apenas 2 meses para transferir os embriões que foram congelados da FIV, esperançosos de que dessa vez seria positivo. Porém, após 12 dias novamente complicados de se esperar(não importa a quantidade de vezes que faça, esses 12 dias sempre se tornam mais longos) recebemos infelizmente outro negativo. Novamente nosso mundo desabou, já não tínhamos mais aquela certeza de que conseguiríamos. Precisávamos de força e fé para nos recuperar de mais esse golpe. Foi então que a Jenny me chamou para ir na Igreja. Sempre frequentamos uma igreja aqui no bairro, mas nesse dia ela me disse que estava sentindo que deveria ir em uma de um bairro vizinho. Eu estava muito atarefado no trabalho mas não podia deixar que fosse sozinha, me apressei muito, corri e cheguei 15 minutos atrasados, mas ainda a tempo de ver e ouvir o que aconteceria naquele dia, graças a Deus.

    Apenas o casal sabe o que acontece na sua intimidade, sobre o que conversam, o que pensam, qual o grande desejo dos corações, não é verdade? Pois bem, nesse dia ouvimos do Senhor tin tin por tin tin o que estava ocorrendo nas nossas vidas, inclusive o que havíamos conversado minutos antes e o que a Jenny havia falado com sua mãe por telefone. Foi mágico e inesquecível escutar o que escutamos e sentir o que sentimos. Nos sentimos abraçados por Deus e inclusive tivemos a promessa de que a hora estava chegando e que "seguraríamos nosso filho em nossos braços", com essas palavras. Entramos totalmente desanimados e saímos de lá fortificados, prontos para continuar a luta, com plena certeza da vitória. 

PRIMEIRA FIV 07/2012

    Partimos para a primeira FIV em Julho/2012. Pela pressão que saberíamos que íamos sofrer, mesmo que involuntária, decidimos não contar pra ninguém. As únicas pessoas que sabiam eram minha mãe e os pais de Jenny, porque sempre estiveram ao nosso lado dando apoio incondicional e mereciam participar de tudo. Tivemos 4 óvulos fecundados, transferindo 2 e congelando 2. Como dois adolescentes creiamos que já estava tudo resolvido, faríamos o tratamento e PIMBA, teríamos nos braços o nosso tão sonhado e desejado baby. Mas infelizmente não aconteceu dessa forma. Após intermináveis 12 dias, que assumo quase ter entrado em paranoia a ponto de não deixar Jenny pegar o prato que iria comer, mantendo quase q repouso absoluto. Fizemos o beta empolgadíssimos , mas nosso mundo veio a baixo quando lemos a palavra "NEGATIVO".
    Não consigo descrever imensa dor que uma simples palavra é capaz de causar. Ficamos perdidos, não sabíamos o que havia ocorrido, não entendiamos o porque. Tenho que compartilhar com vocês de que meu desespero aumentou em ver o semblante de tristeza da pessoa que tanto amo, impossibilitado de fazer algo pra mudar isso. Triste.
 

MUDANÇA DE PLANOS....08/2011

     Mas, como fazemos uns planos e Deus faz outros, quando iriamos iniciar o tratamento, as portas de um trabalho irrecusável se abriram aqui no Brasil e decidimos que seria hora de voltar depois de residir durante 5 anos na Espanha. O que nos deixou de certa maneira felizes por poder fazer o tratamento no nosso país.
     Chegando no Brasil, procuramos imediatamente na nossa cidade (Uberlândia) uma clinica especializada em reprodução assistida e após indicações consultamos na clinica Fecunda. Apos uma bateria de exames (diversos) e alguns meses, ficou constatado a Endometriose severa, sendo indicado a videolaparoscopia para amenizá-la antes do inicio do tratamento.
     Estávamos com bastante medo em relação ao procedimento mas buscamos um especialista, e após uma cansativa discussão com o convênio médico conseguimos a aprovação. Confiando primeiramente em Deus e logo nos pareceres médicos, a Jenny fez a vídeo, que graças a Deus correu tudo bem, porém a equipe médica viu durante o procedimento a necessidade de retirada das duas trompas, já que uma estava obstruída e a outra com hidrossalpinge, o que poderia complicar o tratamento. E assim foi feito, eliminando infelizmente toda e qualquer chance de gravidez por métodos normais. Estávamos literalmente dependentes de tratamento de fertilização.

INICIO DE TUDO.......há aproximadamente 4 anos atrás.

      Tenho 33 anos e minha esposa Jenny tem 35. Começo contando nossa estória voltando no tempo há aproximadamente 4 anos(2010), quando após 8 anos juntos e 5 de casados, decidimos que seria a hora de termos nossos tão sonhados e desejados filhos.
      Nessa época morávamos em Madri, na Espanha e tentamos engravidar por métodos normais durante pouco mais de 01 ano, sem sucesso e com os primeiros negativos. Resolvemos então buscar ajuda médica e após alguns exames e muita dor durante o período de menstruação, apareceu a suspeita de endometriose, palavra que até então era desconhecida para nós.
      Pesquisei e estudei bastante sobre a doença na Internet e em livros, e entendendo que lutávamos contra o tempo, decidimos buscar uma clinica de Reprodução Assistida em Madri. Fomos até a clinica, tivemos a primeira consulta com o médico e resolvemos que, apesar do alto custo do tratamento, faríamos naquele país mesmo.